Os aparelhos instalados saíram a custo zero para os proprietários das vans, que terão apenas de arcar com a taxa mensal de administração do sistema. Com isso, espera-se o crescimento do número de passageiros no transporte complementar, pela facilidade na forma de pagamento.
"O Riocard é mais uma conquista dos que optaram pela legalidade, mais uma ferramenta para atrair passageiros, o que não era possível antes da regulamentação do transporte complementar. No que depender de nós, estaremos sempre prontos a ajudar aqueles que estão do lado da lei", afirmou Rogério Onofre, presidente do Detro.
A previsão inicial era de que o Riocard estivesse implantado nas vans da Região Metropolitana em outubro, mas pela impossibilidade de tirar de circulação um grande número de vans diariamente – os proprietários dos veículos precisaram ser treinados para dirimir possíveis dúvidas sobre o funcionamento do Riocard – e a greve dos bancos – foi necessária a abertura de contas bancárias específicas para o recolhimento do arrecadado por meio do sistema – acabaram por retardar o processo.
Sem trégua aos piratas
Como forma de garantir o direito ao trabalho dos vencedores da licitação para o transporte complementar, o presidente do Detro, Rogério Onofre, orientou a equipe de fiscalização do departamento para que redobre a atenção durante as ações, em função de denúncias de que as antigas vans piratas intermunicipais, que tinham praticamente desaparecido das ruas, estariam sendo envelopadas nos mesmos moldes dos veículos regulamentados.
"As vans licitadas estão todas cadastradas no nosso sistema e qualquer irregularidade pode ser checada pelos fiscais nos palmtops que utilizam em todas as ações. Os piratas tentam circular a todo custo, mas não daremos trégua ao combate aos mesmos que, comprovadamente, têm ligação com a marginalidade. Não cansamos de repetir que, mais do que uma questão de transporte público, a luta contra os ilegais é ponto crucial para a segurança da população e não vamos recuar – garante Onofre.
O Detro atua diariamente na Região Metropolitana e no interior do estado com uma equipe de 120 fiscais que conta com o apoio das polícias militar, civil e Rodoviária Federal. Somente no entorno do Rio, são mantidos 22 pontos fixos nos principais acessos à cidade, além de equipes volantes para cobrir possíveis rotas de fuga dos piratas. Embora a atribuição do Detro seja a fiscalização do transporte intermunicipal, o departamento mantém convênio com várias prefeituras para apoio também nas ações voltadas para as linhas de vans municipais.