Os veículos foram enviados pelas Forças Armadas. O reforço foi pedido por Sérgio Cabral. Segundo o governador, o suporte vai ajudar na logística das operações e não diretamente no combate à essas ações violentas no Rio.
Bandidos atravessam caminhões e fazem barricadas para impedir entrada da PM na Vila Cruzeiro
RIO ESTA SOB ATAQUE TERRORISTA, NÂO COMO NO ORIENTE MÉDIO, E SIM POR FACÇÕES DE TRAFICANTES DE DROGAS QUE MONTARAM SEU QG NO COMPLEXO DO ALEMÃO
Rio - Na tentativa de impedir a entrada de policiais militares, traficantes do Complexo da Penha roubaram e incendiaram caminhões na manhã desta quinta-feira. Moradores informaram que os bandidos passaram toda a noite e madrugada instalando barricadas, fundos falsos e barreiras nas vielas da comunidade.
Moradores também informaram a presença de diversos corpos na localidade conhecida como Criança Esperança. Mais cedo, policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) estiveram no quartel dos fuzileiros navais na Rio Petropolis, onde ficou acertado que a Marinha auxiliaria os PMs na retomada do território das favelas do Complexo da Penha.
Por determinação da Secretaria de Segurança Pública e do comando da Polícia Militar, o Bope retornou à Vila Cruzeiro para localizar e prender bandidos responsáveis pelos ataques a veículos em diversos pontos do Rio. Os policiais estão tendo o auxílio de blindados M113 da Marinha. Os veículos têm capacidade para 12 pessoas e serão responsáveis pelo transporte das tropas para dentro da Vila Cruzeiro.
A Avenida Brás de Pina está fechada ao tráfego de veículos e será o local de embarque das tropas. Na tentativa de impedir a chegada de policiais à Vila Cruzeiro, bandidos colocaram fogo em um carro no início do viaduto Lobo Jr, entrocamento com Avenida Brasil, na Penha.
O Hospital Getúlio Vargas, também na Penha, já recebeu reforço de médicos e será transformado em uma espécie de hospital de campanha. A instalação receberá todos os feridos do iminente confronto que será deflagrado na Vila Cruzeiro.
Ataques começaram no domingo ao meio-dia
A onda de ataques violentos no Rio e Grande Rio começou no último domingo, por volta do meio-dia, na Linha Vermelha, quando seis bandidos armados com cinco fuzis e uma granada fecharam a pista sentido Centro, altura de Vigário Geral. Os criminosos, em dois carros, levaram pertences de passageiros e queimaram dois veículos, após expulsarem os ocupantes. Para o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, as ações criminosas são uma reação contra a política de ocupação de territórios do tráfico, por meio das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e a transferências de bandidos para presídios federais em outros estados.
Na manhã desta segunda-feira, cinco bandidos armados atacaram motoristas no Trevo das Margaridas, próximo à Avenida Brasil, em Irajá, também na Zona Norte. Os criminosos roubaram e incendiaram três veículos - uma van de passageiros que fazia o trajeto de Belford Roxo para o Centro -, além de um Monza e um Uno. Também na segunda pela manhã, criminosos armados com fuzis atiraram em uma cabine da PM na rua Monsenhor Félix, em frente ao Cemitério de Irajá. A PM acredita que o incidente tenha sido provocado pelos mesmos bandidos que haviam incendiado os três carros no Trevo das Margaridas. À noite, criminosos incendiaram dois carros na Rodovia Presidente Dutra, sentido Capital, na altura da Pavuna. Foi o quinto ataque a motoristas em menos de 48 horas. Na Zona Norte, uma cabine da Polícia Militar (PM) foi metralhada próximo ao shopping Nova América, em Del Castilho.
No dia seguinte, as polícias Militar e Civil se uniram para reforçar o patrulhamento pelas ruas do Rio. O efetivo foi redobrado para controlar os ataques dos bandidos. A operação se chamou 'Fecha Quartel'. Mais de 20 favelas foram invadidas. Armas e drogas foram apreendidas. Bandidos foram presos e alguns mortos em confronto com agentes.
Novos ataques nesta quarta-feira: ônibus, van e carros são incendiados na Zona Norte do Rio, Baixada Fluminense e Niterói. Sérgio Cabral, governador do Rio, desafia os bandidos: 'Não há paz falsa. Não negociamos'.
Com informação da Globonews , O Dia, DA (RJNEWS)
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