sexta-feira, 12 de novembro de 2010

(O CASO DO GOLEIRO BRUNO) Podem ir Júri popular os acusados no caso Eliza Samudio

Contagem (Minas Gerais) - A juíza Marixa Fabiane Lopes terminou, no Fórum de Contagem, por volta das 18h50 desta sexta-feira, os trabalhos da audiência de instrução do julgamento de nove réus sobre o desaparecimento da ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio. Ela afirmou que vai conferir se todas as cartas precatórias que expediu foram cumpridas. Em seguida, o Ministério Público (MP) e os advogados de defesa farão suas alegações finais e a juíza irá pronunciar sua sentença. Os réus podem ir a júri popular.As cartas precatórias foram expedidas para que testemunhas que moram em outras localidades pudessem ser ouvidas. Se todos os depoimentos estiverem anexados ao processo, a juíza abrirá vistas ao MP e advogados de defesa.


A juíza Marixa Fabiane e o promotor Gustavo Fantini durante a audiência no tribunal de Contagem
Foto: Ney Rubens / Portal Terra
A partir daí, o MP terá cinco dias para apresentar as suas alegações finais. Após esse período, será a vez dos advogados de defesa terem cinco dias para apresentarem as suas alegações finais. Em seguida, a juíza dará sua sentença.

Ontem, a juíza Marixa Fabiane Lopes ouviu o depoimento de Bruno. O atleta disse que Eliza o procurou no dia 8 de junho, quando teria pedido a ele que ficasse com o filho por sete dias, pois ela teria que ir para São Paulo pagar algumas despesas com os R$ 30 mil recebidos dele em acordo feito para que ela não fizesse "escândalo" na imprensa. Segundo Bruno, Eliza foi embora do sítio em Minas do dia 10 de junho, sendo levada por Macarrão para um ponto de táxi. Depois, segundo ele, não soube mais da mulher. Macarrão se negou a responder as perguntas da juíza.

Fernanda confessa mentira

Fernanda Gomes Castro, amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, disse no início de sua fala na audiência no Fórum de Contagem (MG) que mentiu no depoimento que prestou à polícia na fase de inquérito do caso do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta. "Em primeiro lugar, eu queria pedir perdão à senhora (juíza), ao promotor de Justiça, À Justiça de Minas Gerais e à minha família porque eu omiti com a verdade quando disse que não tinha visto a Eliza", disse.
Fernanda afirmou que, na noite do dia 4 de junho, sexta-feira, recebeu uma ligação do amigo de Bruno Luiz Henrique Romão, o Macarrão, pedindo que ela fosse com urgência para a casa de Bruno no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Fernanda contou que estava com seu filho em casa e que, em seguida, foi sozinha para o local em seu carro. Ao chegar à portaria do condomínio, ela já tinha autorização para entrar sem ser parada. Ao encontrar com Macarrão, ele teria contado a ela de uma briga que aconteceu entre o primo de Bruno J., 17 anos, e Eliza dentro do carro depois que a dupla a buscou em um hotel no Rio. Macarrão disse que o adolescente teria ficado nervoso com algo que Eliza teria dito sobre Bruno e por isso a agrediu.
Até esse momento dos acontecimentos, Fernanda disse que não sabia que a mulher da qual eles falavam era Eliza. Segundo ela, Macarrão e J. se referiam à Eliza como uma mulher que tinha um suposto filho de Brunio.
Macarrão teria então relatado à Fernanda que a mulher estava no segundo andar da casa, com dores de cabeça devido à agressão de J. O assessor do goleiro disse que havia se encontrado Eliza para negociar uma pensão. Fernanda disse ter encontrado o primo adolescente de Bruno com o filho de Eliza no colo e que o bebê chorava muito. Ainda segundo ela, a criança se acalmou após ela lhe dar mamadeira.
A amante do atleta disse ainda que passou a noite na casa, no quarto de Bruno, onde dormiu com o bebê. Segundo ela, Eliza ficou no segundo andar e as duas não se viram até o dia seguinte. Neste dia, Bruno tava concentrado com o Flamengo para um jogo no dia seguinte. Apenas no sábado, segundo Fernanda, ela teve o primeiro contato com Eliza na casa.
A polícia mineira apura ainda se ela foi a Minas Gerais junto com o grupo. Fernanda foi indiciada por homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores. Foi presa em 5 de agosto na casa dos pais de Macarrão em Ribeirão das Neves (MG).

Bola presta depoimento

Na manhã desta sexta-feira, no depoimento que presta à Juíza Marixa Fabiane Lopes, no Tribunal do Júri de Contagem (MG), o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, faz graves denúncias contra o delegado Edson Moreira, a quem acusa de tê-lo torturado psicologicamente. Bola, que se recusa a responder as perguntas da juíza, diz que Moreira teria ameaçado de morte a família dele por pelo menos duas vezes. "A toda hora ele me ameaçava dizendo que queria pelo menos a perna da moça porque a carreira dele estava em jogo", disse Bola.
O ex-policial afirma que o alvo das ameaças era principalmente uma filha dele que mora em São Paulo. "Ele (Moreira) chegou no meu rosto e falou que não tinha medo de mim. Perguntou há quantos meses eu não via minha filha. Eu respondi quatro. Ele perguntou: "Você já pensou ver sua filha retalhada igual o que você fez com Eliza Samudio?". A informação é do "O DIA", DA (RJNEWS)

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