domingo, 26 de dezembro de 2010

Enquanto autoridades cuidam do complexo do Alemão, Central do Brasil fica abandonada

MORADORES DE RUA DO TERMINAL AMÉRICO FONTENELLE
Um dos maiores terminais de trens do brasil e cartão postal do Rio sofre com o abandono, a denúncia partiu do JORNAL O DIA , um dos veiculos de comunicação de maior credibilidade do Estado do Rio de Janeiro.                                                                                                                     Em terminal no Centro do Rio faltam limpeza e segurança e sobram moradores de rua                                                                                                                                                         Rio - Um dos mais importantes meios de ligação entre o Centro do Rio, a Zona Oeste e a Baixada Fluminense, o Terminal Rodoviário Coronel Américo Fontenelle é uma central de problemas. As principais queixas dos usuários — como o fisioterapeuta Nelson Oliveira Brandão, 37 anos, que mandou e-mail para a seção Conexão Leitor de O DIA — são a grande quantidade de lixo, o mau cheiro e a significativa presença de moradores de rua.




“A limpeza do terminal é péssima. Há pouquíssimas lixeiras. Além disso, a qualquer hora que você passe por lá vai sentir cheiro de urina”, afirmou Nelson. Marilene do Carmo, 42 anos, concorda: “Nunca vi ninguém limpando as lixeiras. Além disso, tem muito morador de rua dormindo perto dos pontos.”



Outro problema é a falta de policiamento no local, que assusta usuários, como o atendente de loja Cleiton dos Santos, 21 anos. “Eu evito pegar ônibus no terminal depois das 22h. A partir desse horário, o movimento de pessoas diminui e fica muito perigoso”, explicou. “Tem muito morador de rua que fica dormindo aqui. Eles abordam a gente, e eu fico com medo, porque não sei como eles vão reagir. Sem contar que não se vê uma viatura da polícia aqui à noite.”



Para a empregada doméstica Carla Rodrigues, 26 anos, o que mais incomoda é a falta de espaço para os pedestres na calçada onde ficava o camelódromo, que pegou fogo em abril desse ano, próximo ao terminal. “Desde o incêndio, os camelôs ocupam boa parte do espaço. A gente tem que passar pelo meio dos carros para poder chegar até a rodoviária”, contou.



Segundo a Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do Estado do Rio de Janeiro (Coderte), que administra o terminal, três equipes fazem a limpeza do local, mas o grande fluxo de pessoas “pode gerar alguns problemas que serão solucionados”. A Coderte também explicou que, em janeiro, será feita a licitação para privatizar o terminal, quando outra empresa assumirá a administração do local. A nova administradora irá se responsabilizar pela obra de reforma do Américo Fontenelle, que irá anexar a área onde ficava o camelódromo.



A Polícia Militar afirmou que próximo ao local há uma cabine de policiamento 24h. Já a Secretaria Municipal de Assistência Social explicou que irá intensificar as abordagens aos moradores de rua no local.                   A matéria é do O DIA, DO (RJNEWS)

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