terça-feira, 30 de março de 2010

(POLÍTICA) PAC 2: Rio ganhará obras de energia e transporte "ME ENGANA QUE EU GOSTO"

"ME ENGANA QUE EU GOSTO" Governo federal lança pacote de R$ 1,59 trilhão. No estado, intervenções serão em rodovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão
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PAC 2 é tentativa de manipular opinião pública
Rio -
Obras nas áreas de energia e transportes estão entre as previstas para absorver os recursos provenientes da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC 2. Lançada ontem em Brasília, a nova etapa do programa federal contará com R$ 1,59 trilhão, sendo R$ 958,9 bilhões até o fim de 2014.

Em transporte, o Estado do Rio já garantiu dinheiro para reformar a BR-101 e a Avenida Brasil. Os recursos do PAC também vão servir para a duplicação da BR-101 no trecho entre os estados do Rio e de São Paulo. A BR-356 será renovada em seu contorno, na região do Município de Itaperuna.

Além das rodovias, portos e aeroportos também serão beneficiados pelo PAC 2. O terminal de passageiros do Aeroporto do Galeão passará por modernização e os portos de Itaguaí e da Barra do Furado vão ser dragados. Também estão previstas intervenções de reforço em cais e obras em píeres e terminais de passageiros.

Na área de força, haverá modernização nas linhas de transmissão de energia elétrica para interligar o sistema de toda a Região Sudeste. Outra obra prevista é a construção de um terminal para ligar o Rio às linhas de transmissão de energia que passam por Taubaté, em São Paulo.

Para garantir mais recursos, o Rio precisa apresentar projetos de obras ao governo federal entre os meses de abril e junho deste ano. A liberação da verba acontece depois de aprovação do Ministério das Cidades. “Ainda é cedo para estimativas de gastos no Rio de Janeiro”, afirmou o vice-governador, Luiz Fernando Pezão. A previsão é que sejam enviados projetos de melhorias em comunidades como as pacificadas Chapéu Mangueira e Cidade de Deus, além do Complexo da Penha e do Lins.

Na cerimônia de lançamento do programa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu às críticas de que o evento teria cunho eleitoral. “Lançamos agora porque é preciso que os estados tenham tempo para apresentar projetos”, disse. Já a ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata à sucessão de Lula, Dilma Rousseff, ressaltou que as verbas do PAC 2 vão servir para o próximo presidente: “Vai ser uma herança bendita para quem suceder o nosso governo”.

Segurança Pública do País receberá R$ 3,2 bilhões

A segunda fase do PAC vai destinar um total de R$ 3,2 bilhões para segurança. A verba, aplicada no Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), será utilizada para construir 2.883 postos de policiamento comunitário em 543 municípios e em espaços com cursos para jovens carentes.

De acordo com o Ministério da Justiça, cada posto de policiamento terá 50 metros quadrados e contará com equipamento de videomonitoramento, dois veículos e duas motos. A estimativa é gastar R$ 555 mil com cada unidade, que devem ficar próximas a favelas dominadas por criminosos.

“Ficamos felizes ao saber que o Pronasci seria contemplado nessa nova fase do PAC. Essa é uma prova de que o Estado brasileiro trata segurança pública como matéria de fundamental importância”, destacou o ministro da Justiça, Luiz Paulo Teles Barreto. As Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foram citadas como exemplos de projetos bem sucedidos. O ministério não informou quantos postos e espaços serão feitos no Rio. DO (O DIA / CBN/ RJNEWS)

segunda-feira, 29 de março de 2010

(VIOLÊNCIA URBANA) Pai de Buchecha é morto a tiros no RJ


Músico recebeu a notícia depois de chegar de viagem de Porto AlegreOito anos após a perda do parceiro Claudinho, o cantor Buchecha volta a sofrer uma nova tragédia pessoal. O pai do músico, Claudino de Souza Filho, foi encontrado morto com quatro tiros – um na cabeça, dois no tórax e um no braço – no bairro em que morava no município de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Buchecha soube da morte do pai ontem à tarde, depois de chegar de um show em Porto Alegre.

Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu às 23h de sábado. Os investigadores dizem que Claudino foi assassinado após uma discussão em um bar. A vítima deixou o local da briga, mas teria retornado momentos mais tarde. A família acredita que Claudino tenha reagido a um assalto.

Moradores da região relatam que dois homens, em uma motocicleta, efetuaram os disparos contra o pai de Buchecha, que morreu no local. Os policiais pretendem localizar testemunhas e ouvir o depoimento da família para encontrar os assassinos.

O corpo de Claudino foi sepultado ontem, no Cemitério Maruí, em Niterói. Abatido, Buchecha evitou falar com a imprensa após o enterro. Segundo o empresário Sérgio Mama, o músico se isolou em um quarto após ouvir a notícia do assassinato.

– Ele está arrasado, incomunicável. Ele era muito apegado ao pai – contou Sérgio.

De acordo com o empresário, Claudino gostava de fazer música com o filho. A dupla chegou a compor uma música nova na semana passada.

– O pai dele era compositor de escola de samba e várias músicas do Buchecha são em parceira com ele – afirmou.

Sérgio lamentou o assassinato. Lembrou que Buchecha estava contente em razão do sucesso da música Romântico.

– Ele estava muito feliz, chegou brincando hoje (ontem) no aeroporto. Foi muito difícil dar essa notícia. Ele saiu do enterro e desabou novamente – contou.

Essa foi a segunda grande perda na vida do cantor em menos de uma década. Em 2002, seu parceiro Claudinho morreu em um acidente de carro.

No disco de estreia da dupla Claudinho e Buchecha, que incluía a música Conquista, eles chegaram a vender mais de 1 milhão de cópias.

quinta-feira, 25 de março de 2010

(REVITALIZAÇÃO) Ocupação à vista na Avenida Brasil


Nova lei municipal dará margem para a construção de imóveis comerciais e residenciais

Rio - Nos seus 58 quilômetros, a Avenida Brasil acumula potencial para voltar a ser um grande centro comercial e chamariz para empreendimentos residenciais populares. É essa a aposta da Secretaria Municipal de Urbanismo, que elaborou projeto para alterar os parâmetros da região, de olho na revitalização da via, hoje considerada retrato do abandono social e da migração econômica, ao longo de duas décadas, provocados pela violência. A finalidade é, entre outras coisas, alterar a legislação que restringe grandes trechos de Campo Grande e quarteirões de Irajá, Penha e Bonsucesso — na parte que dá margem à via — a construções predominantemente industriais.

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Os quase 60 km da Avenida Brasil se transformaram em depósito de galpões Foto: Carlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia.Se a proposta for aprovada na Câmara de Vereadores, essas localidades poderão ter concessões de licença para casas, comércios e moradias mistas. “O projeto está dentro dos padrões de política que desenvolvemos para incentivar a Zona Norte. Existem regiões ao longo da Avenida Brasil em que não se pode construir moradias. Se a prefeitura mudar isso, vamos revitalizar uma região que há anos estava completamente abandonada pelo poder público”, explica o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias.

A proposta é aproveitar espaços onde hoje estão galpões vazios e transformá-los em locais para futuros empreendimentos. “Neles, podem ser construídas edificações dentro de padrões urbanísticos legais. A consequência disso é que toda a região começará a sofrer um processo de crescimento. Primeiro é uma casa, daqui a pouco é um comércio, depois vem uma loja e, de repente, o local começa a gerar sua própria economia”, raciocina Dias.

Enquanto o projeto ainda ganha ajustes para ser levado a votação, moradores esperam que a medida saia do papel. “Isso é um drama para a gente, porque esse galpão virou um enorme foco de dengue a céu aberto. Certa vez, eu entrei para pegar uma pipa e contei 20 poças num dos andares. Fora os ratos e baratas que saem dos entulhos e correm para a nossa casa. Vejo isso como um elefante branco sem futuro”, conta o ambulante Carlos Ricardo da Silveira, 57 anos, que mora ao lado do que sobrou da fábrica Rheem Metalúrgica, no bairro de Benfica. “Não invadiram novamente porque colocaram um segurança. Mas se tirar o vigia, isso aqui vai se transformar numa favela do dia para a noite”, reclama a cozinheira Aparecida Nunes, 37.

Moradias populares para as margens da Brasil já estão em negociação. Entre os três condomínios dos quais a prefeitura vai entrar como parceira, um deles, o Recanto da Natureza, na altura de Campo Grande, já foi contratado pela Caixa Econômica Federal. Serão 384 unidades habitacionais para famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.530). A previsão é que os prédios fiquem prontos em 15 meses. Os outros, os condomínios Vila Verde, em Santa Cruz; e Residencial Califórnia, num dos acessos da avenida ao bairro Bangu, ainda estão à espera de licença para começar as obras. Eles terão 160 e 498 apartamentos, respectivamente.

>>O que deveria ser feito no plano de revitalização da Avenida Brasil? Opine

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro, apoia a iniciativa da prefeitura, desde que ocorram audiências públicas para discutir as mudanças: “A participação dos beneficiários é essencial para que esse processo dê certo. A qualidade da habitação melhorou, mas continuam problemas básicos como segurança, ensino, saúde, transporte público e lazer. É importante que instituições credencias também participem dessas discussões”.

Mudanças urbanas em vários bairros do Rio

As mudanças de parâmetros urbanísticos têm sido uma constante na gestão Eduardo Paes. Recentemente, ele encaminhou projeto para Câmara de Vereadores que prevê aumento do gabarito das construções na Penha, Penha Circular e Brás de Pina. Atualmente, são permitidos apenas quatro pavimentos. A alteração é para que chegue a oito andares. Para o Corredor Cultural do Centro do Rio, foi aprovado projeto que permite construções maiores. Dois espigões devem ser levantados próximo aos Arcos da Lapa. A região de Vargem Grande também ganhou novas regras para adequação aos Jogos de 2016.

Painéis acústicos geram polêmica

A Avenida Brasil não é a única via expressa que vai mudar de cara. A Linha Vermelha está recebendo barreiras acústicas, com pinturas que serão modificadas com o passar do tempo. A próxima a receber os painéis é a Linha Amarela. O objetivo, segundo a Prefeitura do Rio, é oferecer espaço para artistas das comunidades às margens das pistas, que fazem as ilustrações. O novo ‘adereço’ já levanta polêmica.

Na Linha Amarela, que ganhará a proteção de som no mês que vem, os desenhos serão definidos a partir de um concurso a ser divulgado. A Lamsa, concessionária que opera a via, realizará oficinas de arte. Na Linha Amarela, serão 7,6 quilômetros de ‘telas’, ao custo de R$ 20 milhões.

Instaladas sob o pretexto de proteger a população de favelas do barulho dos veículos, o novo ‘adereço’ já levanta polêmica. Presidente do Instituto de Defesa dos Direitos Humanos do Rio, João Tancredo disse que a entidade estuda entrar com ação contra o município e a Lamsa, pois considera que o projeto exclui ainda mais as comunidades carentes da cidade. Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, deputado Marcelo Freixo classifica a iniciativa de “carregada de cinismo”. “O governo municipal quer, na verdade, esconder a miséria que parte da sociedade não quer ver”, resume.

As barreiras estão previstas para ficar em frente às comunidades do Caju, Complexo da Maré, Bonsucesso, Del Castilho e Inhaúma, além da Cidade de Deus.
DO ( O DIA)

(ACIDENTE) Menina pula cerca e tem ombro cravado por ferro




Criança de 6 anos estava só com irmão de 10 quando se feriu ao tentar sair de casa para brincar


Rio - Uma menina de 6 anos teve o ombro atravessado por uma grade, ontem, ao tentar pular o portão de casa, na Rua Frederico Menezes, em Campo Grande. Erika Messias de Souza estava sozinha com o irmão, de 10 anos, quando acordou e quis brincar no quintal, por volta das 7h. O pai das crianças, o pintor Francisco Edinaldo de Souza, 31 anos, disse que havia saído uma hora antes para trabalhar.

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Erika se feriu tentando pular cerca para brincar. Os vizinhos foram acordados pelo pedido de socorro da menina e chamaram os bombeiros Foto: Futura Press.Segundo ele, que é separado e tem a guarda dos filhos, a babá chegaria às 8h, como acontece todos os dias. “Ou eu trabalho para sustentá-los ou fico em casa, é uma escolha difícil. Foi um grande susto, graças a Deus só pegou no ombro. Mas vou fazer o possível para resolver a situação”, lamentou ele.

Francisco depôs na 35ª DP (Campo Grande) e pode ser indiciado por abandono de incapaz. A pena pelo crime é de até 16 anos de prisão. “Outras testemunhas vão ser ouvidas e apenas após a investigação saberemos qual a responsabilidade do pai”, afirmou a delegada Inez Maria de Oliveira.

Os bombeiros chegaram ao local pouco depois, alertados por vizinhos que ouviram os gritos da menina. Erika foi levada para o Hospital Rocha Faria com a grade atravessada no corpo e passou por cirurgia para retirada do objeto. Ela está em estável, mas permanece internada para observação, sem previsão de alta.

Segundo os médicos, se a grade tivesse atingido alguma veia ou artéria, a criança poderia até morrer vítima de hemorragia. “A princípio, não foi verificado nenhum tipo de lesão, felizmente, apesar do local que a grade pegou”, informou o diretor do hospital, Manoel Almir.

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Segundo médicos, por sorte vergalhão não atingiu veia ou artéria Foto: Alessandro Costa / Agência O Dia.Vizinhos contam que garota tentou mesmo ‘feito’ antes

Esta não foi a primeira vez que Erika tentou pular o portão de ferro que separa o quitinete, onde mora com o pai e o irmão, dos vizinhos. Segundo Francisco, as crianças moram com ele há um ano e, logo que se mudaram, soube pelos moradores do prédio que a menina havia pulado o portão para brincar.

“Ela é muito arteira, não para quieta. Mas da outra vez, pelo que eu soube, usou uma cadeira para pular. Desta vez não. Eu sempre aviso para eles não fazerem isso que podem acabar se machucando, mas as crianças nunca escutam os pais”, lamentou ele . A mãe da criança não quis falar. DO ( O DIA)